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COMO NÃO FAZER: "NÃO ADIANTA TER RECURSOS SE NÃO SOUBER USAR DE FORMA RACIONAL"

  • Foto do escritor: Alexsander Fernandes
    Alexsander Fernandes
  • 24 de mai. de 2020
  • 4 min de leitura

Este é outro “COMO NÃO FAZER” que vivi em mais de uma companhia.


É incrível, mas é realidade.

Algumas empresas (ou departamentos) agem como aquelas pessoas que, estando privadas de determinado recurso, ao tê-lo, simplesmente agem com a intenção de gastar ao máximo, pois se sobrar, podem ser tomado de volta.

Comportamento comum em outra empresa também.


Verídico. Porém, era uma situação diferente da que vou relatar, para não haver comprometimento:


Era comum acontecer a seguinte situação:

Reuniões estratégicas com metas de 5 e 10 anos levantavam os principais pontos para que a empresa continue sólida no mercado e até mesmo, cresça.

Estas metas são desdobradas: as de 5 anos em planos anuais, e as de 10, em planos quinquenais.

Isso permite alinhar melhor o foco, e até mesmo mudança de direção conforme o mercado e sua projeção.

Então, os planos anuais são avaliados e têm seu plano de ação elaborado, para atendimento à estratégia, com resultados para 1, 2, 3, 4 e 5 anos, quando chega o segundo ciclo quinquenário e o subsídio ao novo plano decenário.

Até aí, estratégia perfeita de grandes e sólidas empresas.

Mas lembrem-se, entre o plano e a ação existem alguns fatores que devem ser gerenciados de maneira firme. Embora não autárquica ou totalitária, mas com cobrança das responsabilidades.

E o principal fator é “o ser humano”.

Dotados de orgulho, ego inflado, ignorância emocional, etc., aqueles que participam do processo, desde o mais simples colaborador até o principal gestor, têm falhas.

Alguns, cientes deste risco, buscam respostas na gestão adequada de riscos, não deixando na mão de um único responsável. Outros, porém, entendem ser os únicos responsáveis.

Para ficar mais claro:

Imaginem uma área onde o plano de 10 anos era fazer com que a empresa, que era 5a do mercado em seu segmento, em 10 anos chegasse a ser 2a.

Para isso, as estratégias foram apontadas de acordo com os pontos que a concorrente de 1o lugar detinham como sucesso e a garantia neste lugar.

Feito isso, dividiu-se em 2 período de 5 anos para implementação destes pontos, sendo que, nos primeiros 5 anos, já permitiria a empresa pular para 3o lugar.

E nos planos anuais do 1o ano, 2o, 3o, 4o e 5o, as ações estratégicas:

Aumento da produção de X para X+20% no ano 1, X+40% no ano 2 e assim sucessivamente.

E para alavancar este aumento, planejaram:

Para o ano 1: ação de curto prazo com aumento da linha de produção com instalação de 20% de equipamentos novos. Aumento de 20% do quadro de colaboradores para atendimento aos novos equipamentos.

Para o ano 2, iniciado no momento zero do ano 1, com planejamento para substituição de equipamentos com produção 20% superior ao existente, e qualificação dos profissionais de hoje para garantia do resultado.

No ano 3, aumento do estoque de matéria prima para atender 60% a mais de produção, e início de ampliação da linha para este total, suportado pela tecnologia nova das novas linhas e da linha extra do primeiro ano.

No ano 4, aumento da escoamento de produto acabado para atender 80% - planejamento iniciado no ano 1.

No ano 5, consolidadas as atuações, promover capacitação geral e reforço para redução de perdas. Otimização da produção (agora passível de avaliação precisa). Checagem e Subsídio do resultado para municiamento do plano estratégico decenário e aferição do resultado do plano estratégico quinquenário. Estando tudo ok, prosseguir. Se preciso, ajustar as arestas.


Seria perfeito, se não houvesse “algumas” pessoas que tivessem as seguintes visões:

1: se eu fizer rápido, vou deixar fácil para o fulano. Então vou fazer no limite e deixá-lo se virar.

2: planejar para que? Perder tempo com isso não. A gente chama as empresas aqui e diz i que quer. Eles apresentam as soluções deles e a gente escolhe a melhor pra a gente e lícita com outros.

3: perder o tempo planejando não. Gasta mais para fazer, fica pronto mais rápido, aí a gente começa a produzir e vender mais cedo. Isso compensa o preço que a gente pagar agora mais caro.


Essa última é ótima!!!


Mas seguindo só essa sequência, olha o tanto de bobagem:


Não faço no meu melhor tempo. Faço no limite, e deixo para o próximo o limite. Acontece que, se eu errar ou receber algo errado e der continuidade, o projeto pode emperrar, e aí, ninguém ganha, pois não haverá produção. E quem está no bolo será taxado de incompetente.


Se eu não planejo e deixo que os fornecedores apresentem as soluções para o “eu” preciso, obviamente não apresentarão o produto com melhor custo x benefício. Por vários motivos: incerteza, risco, ciência de que seu estudo será utilizado como base para concorrentes, imprevisibilidade de prazos, contratações, etc.

Então, normalmente “todos” apresentarão soluções mais caras e deixarão falhas que farão com que em uma outra concorrência, os licitantes tenham que usar o mesmo recurso para incertezas: elevar o preço.


E finalmente: não gastar tempo planejando e, aquilo que ficar mais caro para deixar a linha pronta, compensar com a venda antecipada. Seria uma saída se o custo final fosse maior o suficiente, e se não houvesse os riscos dos dois pontos anteriores.

Como acaba sendo na correria e sem um projeto devidamente criticado, acaba sendo criada uma linha defeituosa, e que, com o tempo, tem um custo de manutenção, perda ou “recall” mais caro que o custo extra, maior tempo de recuperação do investimento e, finalmente, o pior: uma propaganda negativa do produto..... difícil de se apagar...


É como uma padaria que não investe na reforma de uma máquina para fazer pão porque não pode diminuir a produção, mas ela está soltando ferrugem. E numa dessas operações, vem ferrugem em um lote de pães.

Por mais que se conserte, que mantenha a qualidade original do produto, abaixe o preço, etc., a padaria estará com o nome manchado: “A padaria que vende pão com ferrugem”....

 
 
 

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